Quando a chuva cai forte, o que antes virava alagamento em muitos bairros de São Paulo agora encontra outro destino: os piscinões. Verdadeiras “poupanças de água da chuva”, eles armazenam o excesso que desceria pelas ruas e se tornaram aliados importantes no combate às enchentes. No momento, a Prefeitura de São Paulo está com oito piscinões em construção e, nos últimos quatro anos, entregou seis novos reservatórios, com capacidade total para 853 mil metros cúbicos de água — o equivalente a mais de 340 piscinas olímpicas.
Somente nesses últimos piscinões entregues, a Prefeitura investiu R$ 1,6 bilhão, beneficiando diretamente mais de 815 mil pessoas nas zonas Norte e Leste — entre elas, moradores do Tucuruvi, Perus e Aricanduva.
As novas entregas fazem parte de uma rede de 55 piscinões da cidade e foram pensadas para reduzir os impactos das chuvas e evitar enchentes em regiões historicamente afetadas, reforçam a rede de drenagem e ampliam a capacidade da capital de enfrentar as chuvas.
No Morumbi, por exemplo, um piscinão embaixo da Praça Roberto Gomes Pedrosa vai captar as águas do Córrego Antonico e proteger 87 mil pessoas. Em Moema, outro reservatório deve beneficiar 200 mil moradores, sem a necessidade de desapropriações. Na Zona Leste, os trabalhos avançam nos córregos da Mooca, Lapenna e Rio Verde, enquanto na Zona Norte, os piscinões do Carumbé e do Bananal prometem aliviar cheias que há décadas atingem a Brasilândia.
Ao reter temporariamente a água da chuva, esses reservatórios reduzem a pressão sobre córregos e galerias e evitam que bairros inteiros fiquem submersos durante temporais — uma engenharia silenciosa que, aos poucos, vem mudando o mapa das enchentes em São Paulo.
A importância desses equipamentos cresce a cada temporada de chuva. Com as mudanças climáticas provocando temporais mais intensos e volumes cada vez maiores, os piscinões se tornaram aliados indispensáveis na drenagem urbana. Ao reter a água durante o pico das chuvas e liberá-la aos poucos, eles ajudam a aliviar a pressão sobre córregos e galerias, diminuindo o risco de transbordamentos e prejuízos.
O objetivo é aumentar a resiliência de São Paulo frente aos eventos extremos e tornar o período das chuvas menos traumático para quem vive aqui. Cada piscinão entregue é, na prática, um novo respiro para a cidade — e uma garantia a mais de que, quando o céu desabar, São Paulo estará preparada para segurar a enxurrada.
A Prefeitura concentra esforços em outras medidas importantes. Desde 2021, os investimentos da Prefeitura em drenagem bateram recorde: foram R$ 8,4 bilhões aplicados em obras, serviços e manutenções — um aumento de 111% em relação ao período anterior. Além dos piscinões, a cidade tem apostado em soluções complementares, como praças de infiltração, parques lineares com áreas inundáveis, canalização de córregos e novas galerias pluviais, formando um sistema integrado de prevenção.
Fonte: capital.sp.gov.br
JORNAL E REVISTA NOSSO BAIRRO Informação precisa para você !